Companhia planeja homenagem a Pina Bausch com codireção de Angel Vianna

Pina Bausch em Café Müller
Maria Luísa Barsanelli

Depois de ser dirigida por Chico Pelúcio (do Grupo Galpão) em “Memórias em Improvisos” (2015), a Cia. Mano a Mana planeja para o próximo ano uma homenagem a Pina Bausch (1940-2009) e ao teatro-dança da coreógrafa alemã. O grupo é formado por Karina e Marcos Souza, filhos do compositor Chico Mário, irmão de Betinho e Henfil.

“Lembranças de Pina” é um “improviso de música e dança”, explica Marcos –ele é músico e toca piano em cena; e a irmã é bailarina. O projeto é composto de quatro partes, que dialogam com projeções, e cada uma delas deve ter um diretor diferente: Pelúcio, a bailarina e coreógrafa Angel Vianna, Andréa Maia (do Ballet Jovem de Minas Gerais) e Rosa Gomes (da Fundação Cultural de Curitiba).

“É um ‘work in progress’, a gente quer que o público participe da criação do espetáculo”, comenta o músico, que também está fazendo a trilha sonora de “Simplesmente Angel”, documentário de Cristina Leal sobre a coreógrafa.

O projeto ainda está em fase de captação, mas o grupo que levar “Lembranças de Pina” a cidades brasileiras e à sede da companhia de Pina em Wuppertal (Alemanha).

Corda bamba

 

Natália Lage e Daniel Costa em 'Jacqueline', peça-concerto de Rafael Gomes sobre a violoncelista britânica Jacqueline du Pré; estreia no dia 2 de dezembro no Sesc Consolação (Laura Del Rey/Divulgação)
Natália Lage e Daniel Costa em ‘Jacqueline’, peça-concerto de Rafael Gomes sobre a violoncelista britânica Jacqueline du Pré; estreia no dia 2 de dezembro no Sesc Consolação (Laura Del Rey/Divulgação)

Paratodos O Eu Faço Cultura calcula ter distribuído, desde janeiro, 83 mil ingressos de espetáculos para ONGs, escolas públicas e beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família. Participaram do projeto da Caixa Econômica peças como “Nós”, do Grupo Galpão, “Histeria”, dirigido por Jô Soares, e “Acorda pra Cuspir”, com Marcos Veras.

Estou viva No próximo ano, Luciana Vendramini retorna ao teatro com duas peças: “Meu Nome É Célia, Estou Morta”, de João Luiz Vieira e direção de Fabio Mazzoni; e “Minha Vida de Plástico”, dirigida por Fransérgio Araújo. Esta última será lida no festival Satyrianas neste domingo (13).

Pequeno ato

 

Isadora – Obrigada, mas eu nunca arrastaria minha arte até o palco de um Music Hall.

Editor – Você será ‘A dançarina dos pés nus’! Não seja arrogante, os maiores artistas tem representado nessa casa! Alguma concessão você vai ter que fazer!

Isadora – Não e não. Não tenho culpa se o mundo optou por porcarias.

Editor – Faremos um bom contrato e ganharemos muito dinheiro!

Isadora – Faremos? Não quero nada dessa gente, não danço para distrair burgueses empanturrados depois do jantar! Faço a minha arte para revelar a beleza. Fora!

Trecho de “Isadora”, de Melissa Vettore, com colaboração de Elias Andreato e Daniel Dantas; a peça sobre a bailarina Isadora Duncan em cartaz no Masp.