Dramáticas https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br Maria Luísa Barsanelli Wed, 14 Nov 2018 16:26:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 ‘Colônia’ e ‘Lobo’ estão entre selecionados da MITbr, plataforma de internacionalização da MITsp https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/08/colonia-e-lobo-estao-entre-selecionados-da-mitbr-plataforma-de-internacionalizacao-da-mitsp/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/08/colonia-e-lobo-estao-entre-selecionados-da-mitbr-plataforma-de-internacionalizacao-da-mitsp/#respond Thu, 08 Nov 2018 21:12:12 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/5fab5c325f9e3e0e2f8a83f76663cb444a414d432f6c157aeb09255dc6552431_5b04a880641bc-320x213.jpg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=984 A MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, divulgou a lista dos pré-selecionados para a próxima edição da MITbr – Plataforma Brasil, projeto de internacionalização de espetáculos nacionais.

Foram recebidas 464 inscrições, das quais 11 foram pré-selecionadas (além de cinco suplentes). Estes passarão por processo de contratação (para verificação das condições jurídicas e avaliação das condições técnicas) a partir de 8 de novembro.

As apresentações acontecem em março, durante a MITsp 2019. Programadores estrangeiros são convidados a assistis aos trabalhos, que acompanham um dossiê sobre a obra e legendas em inglês. A ideia é abrir caminhos para que artistas brasileiros levem suas produções para fora do país.

A plataforma começou como um projeto-piloto no ano passado, mas já deu resultados. “Vaga Carne”, monólogo com Gracê Passô, por exemplo, rodou por três festivais estrangeiros com os contatos da MITbr.

Veja os pré-selecionados:

1 – Altíssimo – TREMA! Plataforma de Teatro (Recife)
2 – Boca de Ferro – Marcela Levi e Lucía Russo (Rio de Janeiro)
3 – Colônia – Projeto Colônia (Rio de Janeiro)
4 – CRIA – Grupo Suave (Rio de Janeiro)
5 – Isto é Um Negro? – CHAI-NA (São Paulo)
6 – LOBO – Carolina Bianchi y Cara de Cavalo (São Paulo)
7 – Protocolo Elefante – Grupo Cena 11 Cia. de Dança (Santa Catarina)
8 – QUASEILHAS – ÀRÀKÁ – Plataforma de Criação em Arte (Salvador)
9 – Stabat Mater – Janaína Leite (São Paulo)
10 – Vestígios – Marta Soares e Cia. (São Paulo)
11 – V:U:L:V:A – Uma palestra performance – Mariana Senne (São Paulo)

Suplentes (por ordem de classificação):

1 – (ver[ ]ter) à deriva – Cia. Les Commediens Tropicales (São Paulo)
2 – Macaquinhos – Macaquinhos (São Paulo)
3 – IN(in)TERRUPTO – Companhia Híbrida (Rio de Janeiro)
4 – Boas Garotas – Clarissa Sacchelli (São Paulo)
5 – O Que Você Realmente Está Fazendo é Esperar o Acidente Acontecer – Cia. de Teatro Acidental (São Paulo)

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‘A mentira é tão importante quanto a verdade’, diz diretor franco-uruguaio https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/14/a-verdade-e-tao-importante-quanto-a-mentira-diz-diretor-franco-uruguaio/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/14/a-verdade-e-tao-importante-quanto-a-mentira-diz-diretor-franco-uruguaio/#respond Fri, 14 Sep 2018 14:00:23 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/O-Bramido-de-Düsseldorf-URU_foto_Nairi-Aharonian-4-320x213.jpg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=963 SANTOS Sergio Blanco gosta de jogar nas fronteiras. Uruguaio, o diretor e dramaturgo adotou há 20 anos cidadania e moradia francesas, mas segue escrevendo em espanhol e trabalhando com os compatriotas latinos. Nas suas peças, borra os limites entre verdadeiro e falso.

Isso porque a mentira, diz ele, seria tão importante quanto a verdade. “As duas constroem a experiência do ser humano e se alimentam uma da outra. Inclusive a fronteira entre elas é muito frágil, às vezes não sabemos dizer onde começa uma mentira e termina uma verdade.”

É dessa estremadura que nascem suas histórias. Blanco trabalha com a autoficção, parte de dados de sua própria biografia para inventar uma nova narrativa. “É um gênero que me permite intensificar essa questão da verdade e da mentira no teatro”, explica ele. “E o espectador é alguém que quer entrar nesse jogo. Vamos ao teatro porque queremos que nos mintam.”

Para tanto, coloca ele próprio em cena. Ou quase. Em “O Bramido de Düsseldorf”, que ele levou nesta semana ao Festival Mirada, em Santos, e agora apresenta em São Paulo, o franco-uruguaio bebe na sua história e faz do protagonista um dramaturgo também chamado Sergio Blanco (interpretado aqui por Gustavo Saffores).

Ele vai com seu pai (Walter Rey) a Düsseldorf, na Alemanha, por um motivo pouco claro. Primeiro, diz que escreveu o catálogo de uma exposição sobre o serial killer Peter Kürten, o Vampiro de Düsseldorf, e precisará acompanhar o vernissage. Depois, fala que foi convidado a escrever roteiros para filmes pornô —ele mesmo não entende bem, mas uma grande produtora teria visto suas peças e encontrado ali uma linguagem que lhes interessaria. E explica ainda que foi ao país para converter-se ao judaísmo. No meio disso tudo, seu pai adoece e fica à beira da morte.

Blanco, na realidade, nunca viajou a Düsseldorf. Certa vez, passou pela cidade de trem, e o nome estampado na estação lhe chamou a atenção. “Une o doce e o forte, e pensei que seria um bom título”, lembra o diretor.

A cidade serve apenas de mote para o diretor reunir temas que, de certo modo, tocam no desejo: sexual, religioso ou o impulso assassino. “É uma força que nos impulsiona e é também muito dolorosa. O desejo é sempre a busca de algo que não vamos alcançar, porque, no momento em que alcançamos, não o desejamos mais. A sociedade de consumo e o capitalismo funcionam com esse sistema, de desejar um mundo que não se pode alcançar. É um mecanismo que pode ser muito destruidor e perverso.”

Mas Blanco sabe brincar consigo mesmo e com sua obra. Há de fato dados de sua biografia, mas tudo está diluído na ficção. A todo tempo, joga-se com a ideia de que aquilo é teatro (há inclusive referências a outra peça do dramaturgo, “A Ira de Narciso”) e que nunca se sabe o que é verdade ou mentira. “A única certeza desse texto é que estamos em Düsseldorf”, diz o filho em cena.

Mesmo a morte do pai é tratada com certa ironia. Representa menos um luto pessoal e mais um reflexo sobre o coletivo, sobre as nossas falhas sociais.

Na região fronteiriça de Blanco, não há lugar para certezas, apenas para sua tese, que ele resume numa das falas mais sinceras do pai: “O que é verdade, o que é mentira. Não importa”.


A jornalista viajou a convite do Festival Mirada.

O Bramido de Düsseldorf

Sesc Avenida Paulista, av. Paulista, 119. Sáb. (15), às 21h30, e dom. (16), às 18h30. Ingr.: R$ 15 a R$ 50. 16 anos

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Com porte menor, Festival Satyrianas volta a ocupar a Roosevelt em outubro https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/29/com-porte-menor-festival-satyrianas-volta-a-ocupar-a-roosevelt-em-outubro/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/29/com-porte-menor-festival-satyrianas-volta-a-ocupar-a-roosevelt-em-outubro/#respond Wed, 29 Aug 2018 05:00:15 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/652443-work-180x120.jpeg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=955 Tradicional festival de teatro do centro paulistano, a Satyrianas volta a ocupar a praça Roosevelt em sua 19ª edição, mas com uma programação mais acanhada.

No ano passado, a mostra deixou de ocorrer no espaço pela primeira vez desde sua criação, em 2000. Isso porque uma portaria da prefeitura proibiu eventos e blocos de Carnaval na praça –a medida, diz o documento, atendia a reclamações de moradores.

Uma portaria complementar, publicada no dia 17, pretende reverter em parte a proibição. Foi criada em acordo entre a Secretaria Municipal de Cultura, artistas e a recém-fundada Associação dos Moradores da Praça Roosevelt.

O novo texto prevê a realização de eventos na praça, mas estabelece um limite de volume (até 60 decibéis) e de horário (entre as 7h e as 22h).

Assim, a Satyrianas, que acontece de 11 a 14 de outubro, não contará com os costumeiros shows, e a programação noturna ficará delimitada aos teatros da praça.

“Nós queremos os eventos, entendemos que a praça fica mais segura e oxigenada, mas eles precisam respeitar os moradores”, diz Fernando Mazzarolo, presidente da Ampro.

Com o acordo, a Roosevelt receberá uma programação paralela. Apelidada de Arte na Praça, ela tem curadoria do grupo Os Satyros, que organiza as Satyrianas, e orçamento de R$ 50 mil da prefeitura.

Será dedicada às artes cênicas e acontecerá aos sábados e domingos, de 1º de setembro a 28 de outubro, com atividades infantis e adultas. É uma forma, explica Ivam Cabral, cofundador d’Os Satyros, de atender aos moradores da região, muitos dos quais crianças e idosos.

O Teatro de Contêiner Mungunzá,na região paulistana da Luz (Foto: Bruno Santos/Folhapress)

Na terça (28), também foi regularizado o terreno do Teatro de Contêiner Mungunzá, na Luz. A casa foi construída pela companhia teatral homônima há um ano e meio numa área pertencente à Secretaria da Habitação. O grupo tinha um acordo informal com a prefeitura, mas o local estaria destinado à construção de habitações populares.

Agora o terreno foi transferido à Secretaria de Cultura, que a trocou por outra área, também na Luz. Um termo de dois anos (renováveis), assinado pela pasta, dá à Mungunzá a administração do espaço. Ainda há ali um prédio, antigo hotel, que deve ser reformado e usado para cursos.

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Festival de teatro traz inéditos portugueses sobre a ditadura e a Amazônia https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/10/festival-de-teatro-traz-ineditos-portuguesas-sobre-a-ditadura-e-a-amazonia/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/08/10/festival-de-teatro-traz-ineditos-portuguesas-sobre-a-ditadura-e-a-amazonia/#respond Fri, 10 Aug 2018 13:00:59 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/Amazonia_malavoadora_foto-de-Jose-Carlos-Duarte-5-320x213.jpg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=950 A quinta edição do Mirada – Festival Ibero Americano de Artes Cênicas de Santos, que acontece de 5 a 15 de setembro na baixada santista, irá reunir dois espetáculos portugueses inéditos no país.

O coletivo Teatro do Vestido apresenta “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas“, com concepção, direção e interpretação de Joana Craveiro, que visita a história recente portuguesa, da ditadura do Estado Novo à pós-Revolução de 1974. Na narrativa, a autora costura relatos reais de personagens que entrevistou. Aos espectadores, é servido um jantar, com iguarias portuguesas.

Espetáculo “Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas”, do português coletivo Teatro do Vestido (FOTO Tuna/Divulgação)

Já “Amazónia”, da companhia Mala Voadora, usou a floresta (em especial na região do Acre) como laboratório e residência artística para a criação de Jorge Andrade, crítica à sociedade contemporânea, que tem como pano de fundo a gravação de uma novela “ecológica” na Amazônia.

Os ingressos para o festival começam a ser vendidos no dia 16 de agosto nas unidades ou no site do Sesc.

 

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Após reunião com prefeitura, Satyrianas deve voltar a ocupar praça Roosevelt https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/20/apos-reuniao-com-prefeitura-satyrianas-deve-voltar-a-ocupar-praca-roosevelt/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/20/apos-reuniao-com-prefeitura-satyrianas-deve-voltar-a-ocupar-praca-roosevelt/#respond Fri, 20 Jul 2018 16:10:35 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2016/11/nudes-180x133.jpg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=939 Tradicional festival de teatro do centro de São Paulo, a Satyrianas deve voltar a ocupar a praça Roosevelt neste ano. A última edição da mostra deixou de acontecer no espaço pela primeira vez em 18 anos. Isso porque uma portaria da prefeitura, publicada em fevereiro de 2017, proibiu a realização de eventos e a concentração e dispersão de blocos carnavalescos na praça —segundo o documento, a medida atenderia a reclamações de moradores.

“[A decisão] foi um mal-entendido”, diz o diretor Rodolfo García Vázquez, d’Os Satyros, grupo que organiza a mostra e foi um dos coletivos culturais responsáveis por transformar a região, antes degradada.

Na sexta passada (13), contudo, integrantes d’Os Satyros se reuniram com o prefeito Bruno Covas e com o prefeito regional da Sé, Eduardo Odloak, para reverter a decisão. Segundo Odloak, a prefeitura estuda retomar a ocupação e deve publicar na próxima semana uma nova portaria, que complementa a primeira e organiza algumas atividades culturais na Roosevelt.

A próxima Satyrianas deve acontecer entre 11 e 14 de outubro com uma “edição do amor”, explica García Vázquez. “No ano passado foi muito triste [as atividades precisaram acontecer em espaços fechados e de forma mais dispersa]. Queremos fazer a Satyrianas florescer novamente.”

 

 

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MITsp abre inscrições para projeto de exportação de espetáculos nacionais https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/16/mitsp-abre-inscricoes-para-projeto-de-exportacao-de-espetaculos-nacionais/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/07/16/mitsp-abre-inscricoes-para-projeto-de-exportacao-de-espetaculos-nacionais/#respond Mon, 16 Jul 2018 13:38:54 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/02/AHi_j0103-150x150.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=934 A sexta edição da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, que acontece de 14 a 24 de março do próximo ano, agora abrirá inscrições para espetáculos nacionais.

Trata-se de uma continuação do MITbr – Plataforma Brasil, um projeto para auxiliar na internacionalização do teatro brasileiro e que foi lançado em caráter experimental no ano passado. As montagens são apresentadas aqui, durante a MITsp, a curadores e programadores de festivais estrangeiros, convidados pela mostra paulistana. São legendadas em inglês e acompanham um dossiê sobre o trabalho.

Se no ano passado as produções brasileiras foram escolhidas diretamente pela equipe da MITsp, neste ano haverá uma inscrição de trabalhos, que pode ser feita de 1º a 27 de agosto no site da MITsp. O resultado, coordenado pelos curadores Felipe Assis, Sonia Sobral e Welington Andrade, sai no dia 7 de novembro. As apresentações da próxima MITbr acontecem de 18 a 24 de março de 2019.

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‘A Peça Escocesa’ alude a espetáculo ‘maldito’ de Shakespeare https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/01/a-peca-escocesa-alude-a-espetaculo-maldito-de-shakespeare/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/03/01/a-peca-escocesa-alude-a-espetaculo-maldito-de-shakespeare/#respond Thu, 01 Mar 2018 16:25:17 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/03/IMG_4480_MIDIAS-320x213.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=919 Texto inédito de Marcia Zanelatto, “A Peça Escocesa” se baseia numa superstição envolvendo uma das tragédias mais conhecidas de Shakespeare. Reza a lenda que “Macbeth” é amaldiçoada, e dizer o nome da peça traria mau agouro. Daí o eufemismo “peça escocesa”, já que a trama se passa no país britânico.

O espetáculo estreia neste sábado (3) na Caixa Nelson Rodrigues, no Rio.

A montagem concebida por Paulo Verlings (que divide a cena com a atriz Carolina Pismel e também dirige) não reproduz a trama shakespeariana, mas transita pelos temas da tragédia, como a ambição e os jogos de poder.

E procura dar voz a tudo que o bardo deixou nas entrelinhas do texto, como os vazios e as ausências de Lady Macbeth —a dramaturgia considera que o autor possa ter sofrido censura.

Além da dupla de atores, está em cena a Banda Dagda.

Hugo Bonemer como Ayrton Senna no musical sobre o piloto, que estreia em São Paulo no dia 16/3, no Teatro Sérgio Cardoso (FOTO Caio Gallucci/Divulgação)

O Célia Helena Centro de Artes e Educação abriu inscrições para os seus cursos de pós-graduação Artes da Cena: Atuação e Direção, coordenado por Marco Antonio Rodrigues e Daves Otani, e Dramaturgia: Cinema, Teatro e Televisão, a cargo de Marcos Barbosa e Samir Yazbek. Os interessados podem acessar o site da instituição.

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Mostra pretende exportar teatro brasileiro ‘sem estereótipos’ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/02/15/mostra-pretende-exportar-teatro-brasileiro-sem-estereotipos/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/02/15/mostra-pretende-exportar-teatro-brasileiro-sem-estereotipos/#respond Thu, 15 Feb 2018 16:22:40 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/02/AHi_j0103-150x150.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=897 A MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo inaugura em sua quinta edição, que acontece de 1º a 11 de março, um projeto para auxiliar na internacionalização do teatro brasileiro.

Diretor artístico do festival, Antonio Araújo diz que a ideia é que a mostra sirva de ponto de partida para a “exportação” de peças. Para ele, a produção brasileira —à exceção de grandes nomes, como Zé Celso e Antunes Filho— ainda é pouco conhecida lá fora.

Ainda em caráter experimental, a MITbr – Plataforma Brasil pretende trazer cerca de 15 programadores de festivais estrangeiros e nacionais para assistirem a uma dezena de espetáculos nacionais.

Segundo o crítico Welington Andrade, que divide a curadoria da MITbr com Christine Greiner (PUC-SP) e Felipe Assis (Fiac-Bahia), a ideia era reunir espetáculos que dialogassem com as temáticas da MITsp, como a memória e a história, mas não reproduzissem um estereótipo do teatro brasileiro —o Carnaval, o samba, o olhar pitoresco sobre o negro.

“A a nossa preocupação é que [a MITbr] não fosse numérica, mas que tivesse um pensamento. A ideia é que não seja uma feira”, diz Andrade.

Fellipe Marques (à frente), Carolina Virgüez (ao fundo, à esq.) e Matheus Macena (à dir.) em “Caranguejo Overdrive”, d’Aquela Companhia (Lenise Pinheiro/Folhapress)

Outra preocupação é que não não se vissem as produções como cópias da linguagem dos teatros europeu ou americano.

Dessa forma, foram selecionados trabalhos de linguagem experimental, mas que discutissem a memória nacional.

É o caso de “Leite Derramado”, versão do diretor Roberto Alvim para o livro de Chico Buarque; “Caranguejo Overdrive”, da carioca Aquela Companhia, que critica a brutalização urbana a partir da construção do Canal do Mangue no centro do Rio; e “Hotel Mariana”, que utiliza uma técnica estrangeira, a “verbatim” (na qual os atores escutam entrevistas em fones de ouvido e reproduzem aquelas falas documentais), para falar do desastre de Mariana (MG).

As montagens serão legendadas em inglês, e os programadores receberão um dossiê de cada trabalho. Também haverá um seminário para debater a internacionalização do teatro.

Cada peça fará duas sessões, e os ingressos começam a ser vendidos às 13h do dia 23 de fevereiro. Haverá uma cota de 10% de entradas para serem vendidas no dia das apresentações.

peças confirmadas até o momento

  • “Caranguejo Overdrive”, do grupo Aquela Companhia (RJ)
  • “Leite Derramado”, do grupo Club Noir (SP)
  • “Dinamarca”, do Grupo Magiluth (PE)
  • “Canto para Rinocerontes e Homens”, do Grupo Teatro do Osso (SP)
  • “Vaga Carne”, de Grace Passô (MG)
  • “Hotel Mariana”, de Munir Pedrosa e Hebert Bianchi (SP)
  • “Nós, Os Outros Ilesos”, de Carolina Mendonça (SP)
  • “DNA do DAN”, de Maikon K (PR)
  • “De Carne e Concreto”, da Anti Status Quo Companhia de Dança (DF)
  • “Procedimento 2 Para Lugar Nenhum”, de Vera Sala (SP)
  • “A Emparedada da Rua Nova”, de Eliana de Santana (SP)
Grace Passô em cena do espetáculo “Vaga Carne” (Lenise Pinheiro/Folhapress)

 

programadores confirmados até o momento

  • Omar Valiño (Festival de Havana – Cuba)
  • Eva Neklyaeva (Festival de Santarcangelo – Itália)
  • Tomasz Kireńczuk (Dialog Festival – Polônia)
  • Rodrigo Francisco (Festival de Almada – Portugal)
  • Cordelia Grierson (Casa: Latin American Theatre Festival – Reino Unido)
  • Georg Weinard (Produtor independente – Suíça/Holanda)
  • Sandro Lunin (Kaserne Festival – Suíça)
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Alemã que adaptou filme de Fassbinder ao teatro dará oficina na MITsp em fevereiro https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/12/29/alema-que-adaptou-filme-de-fassbinder-ao-teatro-dara-oficina-na-mitsp-em-fevereiro/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/12/29/alema-que-adaptou-filme-de-fassbinder-ao-teatro-dara-oficina-na-mitsp-em-fevereiro/#respond Fri, 29 Dec 2017 13:40:00 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/BHi_j0137-180x120.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=872 A quinta MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo só começa no dia 1º de março, mas sua programação será aberta um pouco mais cedo.

Em fevereiro terá início uma oficina com a alemã Susanne Kennedy, que na edição 2017 do evento apresentou “Por que o Sr. R. Enlouqueceu?”, versão teatral do filme de Rainer Fassbinder.

O curso, no qual a diretora trabalhará linguagens de corpo e voz, é voltado a atrizes, atores e performers. As performers holandesas Suzan Boogaerdt (atriz de “Senhor R.”) e Bianca van der Schoot conduzirão a preparação física

As inscrições vão de 6 a 31 de janeiro pelo e-mail residencia@mitsp.org. A lista de aprovados será divulgada no dia 7/2, e a oficina, que é gratuita, acontece de 19/2 a 4/3 (sempre das 10h às 15h) no Instituto Goethe São Paulo (r. Lisboa, 974).

No dia 4/3, será apresentado um experimento cênico, resultado das aulas.

Kennedy explora a escrita não criativa dentro do teatro. Assim, para diversificar a narrativa, busca acrescentar expressões, diálogos e ruídos cotidianos nas cenas teatrais.

 

A diretora alemã Susanne Kennedy (Julian Baumann/Divulgação)
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Após portaria da prefeitura, Satyrianas deixa de ocupar praça Roosevelt pela 1ª vez em 18 anos https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/10/18/apos-portaria-da-prefeitura-satyrianas-deixa-de-ocupar-praca-roosevelt-pela-1a-vez-em-18-anos/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/10/18/apos-portaria-da-prefeitura-satyrianas-deixa-de-ocupar-praca-roosevelt-pela-1a-vez-em-18-anos/#respond Wed, 18 Oct 2017 14:20:54 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/10/652443-work-180x120.jpeg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=843 O Satyrianas, tradicional festival organizado anualmente pela companhia Os Satyros, deixará de ocupar a praça Roosevelt, no centro de São Paulo, pela primeira vez em 18 anos.

Isso porque uma portaria, publicada em fevereiro pela Prefeitura de São Paulo, agora veda a realização de eventos e a concentração e dispersão de blocos carnavalescos na praça —segundo o documento, a medida atenderia a reclamações de moradores.

O festival acontecerá de 2 a 5 de novembro, mas ficará restrito aos teatros do entorno, como SP Escola de Teatro, Satyros, Parlapatões e Teatro do Ator, além de espaços parceiros, caso do Galpão do Folias (Santa Cecília).

O festival tampouco poderá se estender por 78 horas ininterruptas, como acontecia anteriormente, já que as atividades precisam ser encerradas à 1h (essa mudança será tema de um debate, na Casa do Baixo Augusta, durante a mostra).

A programação de peças, filmes e shows tem até agora 400 atrações confirmadas.

Elas Depois de estrear em Brasília, “L, O Musical”, de Sérgio Maggio, fará temporada nos CCBBs do Rio (a partir de 27 de outubro) e de São Paulo (em janeiro). Com Ellen Oléria e Elisa Lucinda no elenco, a peça fala sobre o amor entre mulheres.

Ellen Oléria e Elisa Lucinda (ao centro) em cena de “L, O Musical”, de Sérgio Maggio (FOTO Divulgação)

Verdades e mentiras Com o tema “Quem vai contar sua história?”, a décima edição do Fiac – Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia reúne 19 espetáculos que debatem sobre a construção da verdade na nossa sociedade. A mostra acontece de 24 a 29 de outubro em Salvador.

Pequeno ato

 

Deixe que todos vejam, que toda a Petersburgo veja, como andam mendigando pelas ruas os filhos de um pai nobre, que serviu ao estado e dedicou de corpo e alma a vida inteira ao serviço e, pode-se dizer, morreu trabalhando. Vamos ser mendigos! Mendigos nobres! Kólia vai dançar e cantar e o público vai nos dar esmola. E esse generaleco, esse generaleco… Esse generaleco estava comendo perdizes… E eu disse… “Vossa Excelência, o meu marido morreu… defenda os órfãos! o senhor conhecia bem o meu marido, e além disso, no dia da morte dele, o senhor Lújin, o maior dos canalhas caluniou a sua filha Sônia.” O generaleco começou a bater os pés por eu tê-lo incomodado… Ah, senhor Raskolnikhov, é o senhor! Eu taquei um tinteiro nele, lá mesmo, na sala dos empregados, tinha um tinteiro bem ali, na escrivaninha, ao lado das folhas que as pessoas assinam; eu também assinei, taquei e saí correndo. Que se dane! Eu mesma vou arranjar comida para essas crianças! Não vou mais me humilhar! Não, não!

Trecho de “K.I.”, versão de Daniel Gink para o romance “Crime e Castigo”, de Dostoiévski. Com direção de Ruy Cortez e Marina Tenório e atuação de Ondina Clais, está em cartaz no Sesc Ipiranga.

 

A atriz Ondina Clais durante ensaio do espetáculo “K.I.” (FOTO Lenise Pinheiro/Folhapress)
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