Dramáticas https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br Maria Luísa Barsanelli Wed, 14 Nov 2018 16:26:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Musical ‘Elza’ é eleito melhor espetáculo pelo Prêmio Reverência https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/14/musical-elza-e-eleito-melhor-espetaculo-pelo-premio-reverencia/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/11/14/musical-elza-e-eleito-melhor-espetaculo-pelo-premio-reverencia/#respond Wed, 14 Nov 2018 14:43:50 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/11/0f6dd9f2128f5f53d891aa98e28368e7f077a4f105bcecadb0dfa99f2ebd3a29_5b4fa3e42efd2-320x213.jpg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=990 O musical “Elza”, baseado na biografia da cantora, venceu na categoria melhor espetáculo do Prêmio Reverência de teatro musical. A montagem também levou os troféus de melhor direção (Duda Maia), autor (Vinicius Calderoni) e especial (Letieres Leite, pelos arranjos).

O mesmo número de estatuetas foi dado a “Romeu e Julieta ao Som de Marisa Monte” —cenário, design de som, iluminação —na cerimônia que aconteceu na noite de terça (13) no Teatro Alfa, em São Paulo. A apresentação foi do ator Tiago Abravanel, e a edição teve a cantora e atriz Bibi Ferreira como homenageada.

Apesar do clima tenso, foram poucos os comentários políticos. Um ou outro discurso saiu em defesa da Lei Rouanet, alvo de críticas recentes, e da resistência da classe artística.

O diretor Zé Henrique de Paula, ao subir ao palco para receber o troféu de voto popular para “Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812”, lembrou da frase “Ninguém solta a mão de ninguém”, que tem circulado nas redes sociais, pedindo paz e resistência durante o próximo governo. Ao fim da cerimônia, também ouviu-se da plateia gritos de “Ele não” —contra o presidente eleito Jair Bolsonaro.

Vencedores

Melhor Espetáculo
‘Elza’

Melhor Direção
Duda Maia por ‘Elza’

Melhor Ator
Mateus Ribeiro por ‘Peter Pan, O Musical da Broadway’

Melhor Atriz
Amanda Acosta por ‘Bibi, Uma Vida em Musical’

Melhor Ensemble
‘Peter Pan, O Musical da Broadway’

Melhor Ator Coadjuvante
André Dias por ‘Se Meu Apartamento Falasse’

Melhor Atriz Coadjuvante
Claudia Raia por ‘Cantando na Chuva’

Melhor Autor
Vinicius Calderoni por ‘Elza’

Voto Popular de Melhor Espetáculo
‘Natasha, Pierre e o Grande Cometa de 1812’

Melhor Coreografia
Kátia Barros e Chris Matallo por ‘Cantando na Chuva’

Melhor Cenário
Daniela Thomas por ‘Romeu e Julieta ao Som de Marisa Monte’

Melhor Direção Musical
Tony Lucchesi por ‘Bibi, Uma Vida em Musical’

Melhor Design de Som
Carlos Esteves por ‘Romeu e Julieta ao Som de Marisa Monte’

Melhor Iluminação
Monique Gardenberg e Adriana Ortiz por ‘Romeu e Julieta ao Som de Marisa Monte’

Melhor Figurino
João Pimenta por ‘Romeu e Julieta ao Som de Marisa Monte’

Categoria Especial
Letieres Leite pelos arranjos de ‘Elza’

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Depois de adaptar ‘Guerra e Paz’, americano Dave Malloy trabalha em versão musical de ‘Moby Dick’ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/26/depois-de-adaptar-guerra-e-paz-americano-dave-malloy-trabalha-em-versao-musical-de-moby-dick/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/09/26/depois-de-adaptar-guerra-e-paz-americano-dave-malloy-trabalha-em-versao-musical-de-moby-dick/#respond Wed, 26 Sep 2018 14:12:07 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2018/09/42cc462fe961f5d8f81fde8b0681c211a88da264e04edbd3acf6327a05607755_5baa987836252-320x213.jpg https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=980 Dave Malloy tinha 20 anos quando leu os dois longos tomos de “Guerra e Paz”, de Tolstói. Estava no início da carreira de músico e viajava num cruzeiro tocando piano. “Era um período em que estava lendo muito. Afinal, estava num barco, tinha muito tempo”, lembra o americano, hoje aos 42.

Ainda naquela época, ateve-se a um trecho de 70 páginas do clássico russo. “A narrativa daquela parte é tão bem costurada, tão linda. Terminei esse trecho em prantos. Fechei o livro e pensei: ‘Isso é um musical perfeito’.”

Levou quase 20 anos, mas o pressentimento de Malloy deu resultados, alçando seu nome a figura de destaque no mercado de musicais americano. “Natasha Pierre e o Grande Cometa de 1812”, sua versão da obra de Tolstói, foi chamada pelo New York Times de o melhor e mais inventivo musical da Broadway desde o fenômeno “Hamilton”. Ainda liderou as indicações ao prêmio Tony 2017, com 12 categorias.

O espetáculo, que ganhou montagem brasileira, em cartaz em São Paulo, parte do tal trecho de 70 páginas, extraído do segundo volume do romance. Trata da chegada a Moscou de Natasha Rostova, jovem ingênua que idealiza o noivo, um soldado que luta na guerra. Ela é seduzida pelo interesseiro Anatol Bolkonski e tem sua reputação ameaçada. Mas logo é ajudada por Pierre Bezukhov, homem sem grande manejo social, mas que se apaixona por ela.

Malloy cria seu espetáculo não num teatro tradicional, mas numa espécie de cabaré, com um palco que serpenteia as mesas onde a plateia se senta. Tinha a ideia de aproximar as cenas do espectador e também de proporcionar várias perspectivas para a mesma cena —assim como Tolstói faz em sua obra, costurando olhares de diversos personagens.

Em Nova York, o espetáculo estreou pequeno, em 2012, encenado numa tenda. Foi migrando até chegar à Broadway, no Imperial Theatre. “Começamos com 89 lugares e passamos para 200, 600 e depois 1.200”, conta o diretor, no Brasil para assistir à montagem nacional da peça. “Mas sempre quisemos manter essa intimidade entre os atores e a plateia, então fomos aumentando o elenco, que começou em dez pessoas [e depois triplicou].”

Também joga, em seu “sung-through” —musical cantado do início ao fim—, com diversos gêneros musicais, dando a cada personagem um ritmo diferente. Pierre tem um indie rock meio deprê; Anatol vai para uma batida eletrônica; já Natasha trafega num estilo Broadway tradicional. “É o estilo em que eu escuto música. Ponho meu iPod no shuffle e vou escutando todo o tipo de música de uma só vez.”

Para tirar o peso do romance, Malloy já brinca nas primeiras cenas com a fama de difícil da obra. No prólogo, os atores pedem que a plateia leia o programa se quiser acompanhar a história e avisa: “É um romance complicado, muito nome para decorar”.

Como ele mesmo diz, o compositor tem um prazer perverso em trabalhar com textos com reputação de entediantes. Agora, prepara uma versão musical de “Moby Dick”, de Herman Melville, que deve estrear em Nova York no segundo semestre do ano que vem.

“O espetáculo está escrito e fizemos alguns workshops. Diferentemente de ‘Guerra e Paz’, estamos tentando adaptar todo o livro, com todos os fatos sobre a baleia.” E o palco vai ser diferente? “Não sei ainda, mas acho que vai ser algum tipo de barco.”

Também dizem que ele pensa em levar ao palco uma adaptação musical de “Ulisses”, de James Joyce. “Ah, isso é mais uma brincadeira… quer dizer, talvez, quem saiba eu faço. Eu amo esse livro.”

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Veja Daniel Boaventura caracterizado de Capitão Gancho para musical ‘Peter Pan’ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/02/06/veja-daniel-boaventura-caracterizado-de-capitao-gancho-para-musical-peter-pan/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2018/02/06/veja-daniel-boaventura-caracterizado-de-capitao-gancho-para-musical-peter-pan/#respond Tue, 06 Feb 2018 17:51:58 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=883 Daniel Boaventura viverá o temido Capitão Gancho em “Peter Pan, o Musical”, montagem que estreia no dia 8 de março no teatro Alfa, em São Paulo. E a produção do espetáculo já divulgou imagens do ator caracterizado como o personagem.

Dirigido por José Possi, o espetáculo (cuja primeira montagem debutou em Nova York em 1954) ainda tem no elenco Mateus Ribeiro como o personagem-título, o garoto que não quer crescer, e Bianca Tadini como a menina Wendy.

Os ingressos custam de R$ 50 a R$ 210 e estão à venda na bilheteria do teatro ou no site Ingresso Rápido.

 

 

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Musical ‘My Fair Lady’ leva cinco troféus do Prêmio Reverência; veja vencedores https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/12/05/musical-my-fair-lady-leva-cinco-trofeus-do-premio-reverencia-veja-vencedores/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/12/05/musical-my-fair-lady-leva-cinco-trofeus-do-premio-reverencia-veja-vencedores/#respond Wed, 06 Dec 2017 02:30:47 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/12/Captura-de-Tela-2017-12-05-às-18.35.41-180x115.png http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=863 O espetáculo “My Fair Lady” levou cinco troféus do Prêmio Reverência, dedicado ao teatro musical brasileiro. A cerimônia aconteceu na noite de terça (5) no Teatro Bradesco do Rio.

A produção venceu nas categorias direção (Jorge Takla), ator (Paulo Szot), coreografia (Tania Nardini), figurino (Fabio Namatame) e design de som (Tocko Michelazzo).

O troféu de melhor espetáculo, contudo, ficou com “Les Misérables”, que também angariou as estatuetas de melhor ator (Ivan Parente) e atriz (Andrezza Massei) coadjuvantes.

Apresentada por Lucio Mauro Filho e Tiago Abravanel, a terceira edição do Reverência abriu com um número do musical “Os Produtores” e algumas piadas sobre a crise no meio cultural.

No meio da canção, Mauro Filho aproveitou para dizer que procurava patrocínio para um projeto seu. Abravanel brincou que ele já começara a noite pedindo dinheiro, ao que o colega respondeu: “Acho que teatro com nome se instituição financeira é o melhor lugar pra isso”.

A premiação ainda foi costurada por números de espetáculos como “Wicked”, “Forever Young”, “Gota d’Água [A Seco]”, “Les Misérables” e “My Fair Lady” e uma homenagem a artistas que morreram no último ano, caso de Marcos Tumura, Solange Badim e Rogéria.

 

Confira os vencedores

 

MELHOR DIREÇÃO

Duda Maia por “Auê”

João Falcão por “Gabriela, Um Musical”

Jorge Takla por “My Fair Lady”

Luiz Carlos Vasconcelos por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

Susana Ribeiro por “Rent”

 

MELHOR ATOR

Gabriel Bellas por “A Era do Rock”

Jarbas Homem de Mello por “A Paixão Segundo Nelson”

Marcelo Medici por “Rocky Horror Show”

Marcos Tumura por “Forever Young”

Nando Pradho por “Les Misérables”

Paulo Szot por “My Fair Lady”

 

MELHOR ATRIZ

Fabi Bang por “Wicked”

Laila Garin por “Gota d’Água [A Seco]”

Myra Ruiz por “Wicked”

Paula Capovilla por “Forever Young”

Rebeca Jamir por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

 

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Diego Montez por “Rent”

Fred Silveira por “My Fair Lady”

Ivan Parente por “Les Misérables”

Nicola Lama por “Rocky Horror Show”

Sandro Christopher por “My Fair Lady”

 

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Andrezza Massei por “Les Misérables”

Bruna Guerin por “Rocky Horror Show”

Giulia Nadruz por “Cinderella”

Laura Lobo por “Les Misérables”

Paula Capovilla por “Meu Amigo Charlie Brown”

Priscila Borges por “Rent”

 

MELHOR AUTOR

Bráulio Tavares por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

Diego Fortes por “O Grande Sucesso”

Duda Maia e Cia Barca dos Corações Partidos por “Auê”

Fernanda Maia por “Lembro Todo Dia de Você

Gustavo Gasparani por “Gilberto Gil, Aquele Abraço – O Musical”

 

MELHOR COREOGRAFIA

Alonso Barros por “Rocky Horror Show”

Alonso Barros por “Cinderella”

Fabricio Licursi por “Gota d’Água [A Seco]”

Jarbas Homem de Mello e Fernando Neves por “A Paixão Segundo Nelson”

Tania Nardini por “My Fair Lady”

 

MELHOR FIGURINO

Carol Lobato por “Cinderella”

Charles Möeller por “Rocky Horror Show”

Fabio Namatame por “My Fair Lady”

Kika Lopes e Heloisa Stockler por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

Simone Mina por “Gabriela, Um Musical”

 

MELHOR ILUMINAÇÃO

Cesar de Ramires por “Gabriela, Um Musical”

Maneco Quinderé por “Cinderella”

Renato Machado por “Auê”

Renato Machado por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

Robert Wilson e John Torres por “Garrincha”

 

MELHOR CENÁRIO

Duda Arruk por “A Paixão Segundo Nelson”

Kika Lopes por “Auê”

Nicolás Boni por “My Fair Lady”

Rogério Falcão por “Cinderella”

Sérgio Marimba por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

 

MELHOR DESIGN DE SOM

Gabriel D”Angelo por “Gota d’Água [A Seco]”

Gabriel D”Angelo por “Auê”

Gabriel D”Angelo por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

Mike Potter por “Les Misérables”

Tocko Michelazzo por “My Fair Lady”

 

MELHOR DIREÇÃO MUSICAL

Alfredo Del-Penho e Beto Lemos por “Auê”

Chico Cesar, Alfredo Del-Penho e Beto Lemos por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol”

Luis Gustavo Petri por “My Fair Lady”

Nando Duarte por “Gilberto Gil, Aquele Abraço – O Musical”

Pedro Luís por “Gota d’Água [A Seco]”

 

CATEGORIA ESPECIAL

Claudio Botelho pelas versões de “Les Misérables”

Elenco da Cia. Barca dos Corações Partidos por “Suassuna – O Auto do Reino do Sol” e “Auê”

Feliciano San Roman pelo design de perucas de “My Fair Lady”

Mariana Elisabetsky e Victor Muhlethaler pelas versões de “Wicked”

Rafa Miranda e Fernanda Maia pelas composições de “Lembro Todo Dia de Você”

Tony Luchesi pelos arranjos de “60 Doc Musical”

 

MELHOR ESPETÁCULO

“Auê” – Sarau Agência de Cultura Brasileira

“Cinderella” – Fábula Entretenimento

“Forever Young” – Benjamin Produções e Chaim XYZ Produções

“Gabriela, Um Musical” – Tempo Entertainment, Caradiboi Arte e Esporte, em associação com Opus Promoções e MáquinaMáquina Produções Artísticas

“Gota d’Água [A Seco]” – Sarau Agência de Cultura Brasileira

“Les Misérables” – T4F Entretenimento

“My Fair Lady” – Takla Produções Artísticas, EGG Entretenimento e IMM

“Rocky Horror Show” – M&B

“Suassuna – O Auto do Reino do Sol” – Sarau Agência de Cultura Brasileira

“Wicked “– T4F Entretenimento

 

MELHOR ESPETÁCULO PELO VOTO POPULAR

Cinderella

A jornalista viajou a convite do Prêmio Reverência.
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Versão teatral de ‘Dançando no Escuro’, de Lars von Trier, estreia em outubro no Rio https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/09/12/versao-teatral-de-dancando-no-escuro-de-lars-von-trier-estreia-em-outubro-no-rio/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/09/12/versao-teatral-de-dancando-no-escuro-de-lars-von-trier-estreia-em-outubro-no-rio/#respond Tue, 12 Sep 2017 15:00:04 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/09/bjork-na-prisao-180x120.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=830 A montagem brasileira do musical “Dançando no Escuro”, versão teatral do filme de Lars von Trier, estreia no dia 19 de outubro no Sesc Ginástico, no Rio.

A adaptação ao palco, do nova-iorquino Patrick Ellsworth, ganhou tradução de Elidia Novaes, direção de Dani Barros (atriz de “Estamira, Beira do Mundo”) e direção musical de Marcelo Alonso Neves.

É Juliane Bodini quem interpreta a protagonista (papel de Björk no cinema), mulher com uma doença degenerativa que a leva à cegueira.

A iluminação da peça acompanha o drama da personagem: vai escurecendo à medida que ela perde a visão. A encenação também joga com o som, em momentos audíveis e silenciosos (alguns com audiodescrição).

A temporada no Rio vai até 19 de novembro.

Elenco do musical ‘Dançando no Escuro’ (FOTO Nana Moraes/Divulgação)

New York, New York

 

No dia 18/9, a escola Célia Helena (Av. São Gabriel, 462 – Itaim Bibi) recebe profissionais da New York Film Academy. Os diretores Roger Del Pozzo e Paul Brown farão palestras e oficinas, além de audições, com bolsas parciais, para a escola americana. As inscrições podem ser feitas neste link.

Pequeno ato

 

em alguns minutos virão me buscar

não tenho medo

não vou fazer nada mal

não sou um homem mau

não sou um assassino nem um animal

há certas palavras que não nos definem

há certas palavras das quais deveríamos fugir

como faz o diabo diante da água benta

e entre elas se encontram sabotagem e assassinato

só vai ser um ato de rebeldia

o princípio de um mundo novo

um mundo dominado pela guerra

um mundo dominado pelo ódio

um mundo dominado pela violência

nós somos todas essas coisas

nós

Trecho do espetáculo “Nuremberg, do dramaturgo uruguaio Santiago Sanguinetti, em cartaz até 1º/10 no Centro Compartilhado de Criação

 

Osmar Pereira em cena de “Nuremberg”, dirigida por César Maier (FOTO Divulgação)
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Clube da Esquina, que reuniu Milton e Lô Borges, deve virar musical https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/08/22/clube-da-esquina-que-reuniu-milton-e-lo-borges-deve-virar-musical/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/08/22/clube-da-esquina-que-reuniu-milton-e-lo-borges-deve-virar-musical/#respond Tue, 22 Aug 2017 15:02:51 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/08/clube-180x122.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=784 A história do Clube da Esquina —movimento musical que reuniu nomes como Milton Nascimento, os irmãos Lô e Márcio Borges, Toninho Horta e Beto Guedes nos anos 1960 e 70— deve virar musical no próximo ano.

O projeto, atualmente em pré-produção, é baseado no livro “Os Sonhos Não Envelhecem – Histórias do Clube da Esquina”, de Márcio Borges. O texto está sendo adaptado ao palco por Eduardo Rieche.

A produção é das sócias Marilene Gondim e Márcia Dias, e quem irá assinar a direção é Dennis Carvalho. Ele já trabalhou com a dupla de produtoras em “Elis, A Musical” (2014), espetáculo biográfico sobre a cantora Elis Regina.

O elenco de “Clube da Esquina – Os Sonhos Não Envelhecem” ainda não foi definido.

 

Dominadora Em cartaz até o fim de agosto com “A Domadora” no Centro Compartilhado de Criação, a atriz Paula Picarelli irá, na sequência, viajar com a peça pelo interior de São Paulo. Paralelamente, ensaia e participa da criação do novo espetáculo da Cia. Hiato: “Odisseia: o Desaparecimento do Público”, inspirado na “Odisseia” de Homero e que estreia no próximo ano.

Em livro A editora Cobogó lança no dia 29/8 os textos das peças que compõe a trilogia “Placas Tectônicas”, do dramaturgo Vinicius Calderoni: “Não Nem Nada”, “Ãrrã” e “Chorume”. Será a partir das 18h30 na Livraria da Vila da alameda Lorena, em São Paulo.

Pequeno ato

 

Soraya Ravenle no espetáculo “Instabilidade Perpétua” (FOTO Rafael Aguiar/Divulgação)

 

Uma criança faz um gesto. Ao ver o céu e uma montanha, ao ver um animalzinho correndo, ela ergue os braços em perplexidade. Ela está tomada pelo enigma. Eis aí um início e um ancoradouro.

Se alguém esteve ali com a criança, ressoando a vibração do enigma, então a criança pôde dançar e migrar para o interior da descoberta de que as coisas são. Mas é preciso que essa intensidade se esparrame mutuamente, tenha ido e voltado do rosto do adulto até o da criança. O espelhamento da intensidade da descoberta é o amor. O amor é comunhão na perplexidade, partilha do enigma de que estamos descobrindo o mundo, pois tanto o recém-chegado quanto o anfitrião devem estar no mesmo espaço.

Trecho de “Instabilidade Perpétua”, inspirado no livro homônimo de Juliano Garcia Pessanha. Concebido e interpretado por Soraya Ravenle, o espetáculo estreia no dia 8/9 no Sesc Ipiranga. Daniella Visco, Georgette Fadel, Julia Bernat e Stella Rabello dividem a direção.
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Projeto prevê duas montagens simultâneas de Nelson Rodrigues https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/07/07/projeto-preve-duas-montagens-simultaneas-de-nelson-rodrigues/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/07/07/projeto-preve-duas-montagens-simultaneas-de-nelson-rodrigues/#respond Fri, 07 Jul 2017 05:00:11 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/07/NELSON-180x132.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=751 Depois de dirigir no ano passado “O Homem Desconfortável”, que marcou o retorno do Teatro de Comédia do Paraná (grupo cuja história havia sido interrompida em 2000), o diretor Alexandre Reinecke deve participar de outra montagem curitibana.

O projeto “Duas Doses de Nelson” pretende reunir duas peças rodriguianas, ambas com direção de Reinecke: “A Mulher sem Pecado” e “Viúva, Porém Honesta”.

A ideia é encená-las em conjunto, com apresentações de uma às quintas, outra às sextas e sessões duplas aos sábados e domingos.

O elenco de “Duas Doses de Nelson”, que se revezará em ambas as peças, deve contar com atores da cena curitibana, como Ranieri Gonzalez.

Para acompanhar o ritmo das apresentações em sequência, o cenário deve ser “volante”, ou seja, de fácil transição de uma montagem para outra.

Através do espelho

 

Marília Moreira mescla trechos de ‘A Gaivota’, de Tchékhov, com citações de Marilyn Monroe em ‘Além da Imagem’, que estreia em 28/7 no Sesc Ipiranga (FOTO Lenise Pinheiro/Folhapress)

Peça para ler Além de “Arrã”, a editora Cobogó irá lançar em livro as outras duas peças que compõem a trilogia “Placas Tectônicas”, do dramaturgo Vinicius Calderoni: “Não Nem Nada” e “Chorume”.

Manifesto Depois dos protestos em São Paulo, artistas do Rio também estão se manifestando nas redes sociais contra os cortes na Cultura, usando a hashtag #teatrosim.

E se?

 

A produtora IMM (de “Cantando na Chuva” e “My Fair Lady”) adquiriu os direitos para montar no Brasil o musical “If/Then”, de Brian Yorkey e Tom Kitt (os mesmos autores de “Quase Normal”).

Segundo a Music Theater International, que cuida dos licenciamentos internacionais de musicais, a produção seria realizada em São Paulo e no Rio entre setembro de 2018 e setembro de 2019.

O projeto enviado ao Ministério da Cultura, com o nome de “E Se… O Musical Contemporâneo da Broadway” foi autorizado a captar R$ 9,79 milhões via Lei Rouanet.

Na peça, uma mulher segue, paralelamente, dois caminhos possíveis de sua vida.

Pequeno ato

 

HELEN:…Então ele quebrou um dos vidros da janela, entrou, subiu, e saiu procurando pelo apartamento, e…quando chegou no meu quarto, ele me encontrou, deitada, dramaticamente quase envenenada com uma cartinha escrito: “Jenny.” E ele disse um “Me desculpe”. E nada. “Tá tudo bem?” Nada… Daí ele pegou a carta e foi pra cozinha e ele voltou e me colocou pra andar. Ele dizia: “Não para de andar, não para de andar…, você não pode parar de andar. Se eu te levar pro hospital, eles vão te internar.

“Trecho de “On Love”, adaptação da companhia Barracão Cultural para o texto do inglês Mick Gordon; dirigida por Francisco Medeiros, a montagem estreia nesta sexta (7) no teatro Cacilda Becker.
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‘O Alienista’, de Machado de Assis, vai virar musical https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/06/23/o-alienista-de-machado-de-assis-vai-virar-musical/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/06/23/o-alienista-de-machado-de-assis-vai-virar-musical/#respond Fri, 23 Jun 2017 05:00:07 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/O-OLHAR-DE-MACHADO-DE-ASSIS_57535999-180x135.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=727 O músico Ricardo Severo prepara para o próximo ano uma versão musical de “O Alienista”, de Machado de Assis.

Severo diz que o interesse pelo texto vem da temática e da linguagem irônica e debochada de Machado. “Fala de uma pessoa que decide o destino de outros. Nada é mais pertinente para se discutir hoje.”

Segundo o músico, a montagem também é uma busca por uma linguagem própria de nossos musicais. Ele assina o texto e as canções inéditas do espetáculo, que lista no elenco Rubens Caribé (Simão Bacamarte), Amanda Acosta, Beto Sargentelli e Paula Capovilla.

As músicas de “O Alienista” têm por base ritmos da virada do século 19 para o 20 –como modinhas, sambas e maxixes–, mas com interferências eletrônicas de sintetizadores, conta Severo.

 

 

Trio

 

Bete Coelho (esq.), Denise Assunção e Magali Biff serão dirigidas pelo polonês Radoslaw Rychcik em ‘As Criadas’, de Jean Genet; estreia no FIT-Rio Preto em 7/7. Na montagem, Denise interpreta Madame, que trata de forma abusa as empregadas, vividas por Bete e Magali (Foto: Piotr Lis/Divulgação)

Sincretismo O musical “Rio Mais Brasil”, que estreia em 27/7 no Oi Casa Grande (Rio), com direção de Ulysses Cruz, colocará um rap em “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso. O verso “Terra de Nosso Senhor” será seguido de “…de Oxalá, de Iemanjá, de Jesus”.

Ponte Robson Catalunha, ator dos Satyros, foi selecionado para trabalhar no Watermill, centro do diretor Bob Wilson. Ele passará 40 dias em Nova York, a partir de 14/7, pesquisando performance.

Lente A mundana companhia apresenta, em 28 e 29/7, no Teatro Oficina, “Máquinas do Mundo”, que transita entre as artes plásticas, a literatura e o teatro e é o embrião de uma futura peça do grupo. O trabalho busca em Drummond (” A Máquina do Mundo”), Clarice Lispector (“A Paixão Segundo GH”) e Machado de Assis (“Brás Cubas”) uma “máquina” para ver o mundo de forma experimental, livre dos nossos padrões.

De 7 em 7 Luciano Chirolli estará no teatro sete dias por semana a partir de 28/7, quando interpretará Maiakóvski em “Plenos Pulmões”, no CCBB. Ele se alternará entre a peça e “Ponto Morto”, que reestreia em 4/7 no Sérgio Cardoso.

Pequeno ato

 

Nossa história começa com esta mesa.
Uma mesa de madeira.
No teatro.
Em uma mesa banquetes são oferecidos.
Em uma mesa banquetes são organizados. Decididos.
Em uma mesa, também, a fome pode ser decidida. Organizada.
Porque a fome, como o banquete, são decisões.
Organizam-se banquetes e fome.
Decidem-se banquetes e fome.

Não há fatalidade. A fome é uma decisão, como o banquete.
A fome tem muitas causas, a falta de alimentos não é uma delas.
A causa da fome é a riqueza, não a pobreza.
Há guerras, sim. Há secas, gafanhotos, inundações, pragas. Sim.
Mas a fome é uma decisão.

Trecho de “Fome.com”, que a Kiwi Cia. de Teatro estreia em 14/7 no CCSP
Croqui do cenário de ‘Fome.com’, da Kiwi Companhia (Reprodução)
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Melodrama satírico de Caio F. deve virar musical https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/06/09/melodrama-satirico-de-caio-f-deve-virar-musical/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/06/09/melodrama-satirico-de-caio-f-deve-virar-musical/#respond Fri, 09 Jun 2017 05:00:34 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/06/445600_3585149-180x114.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=711 “A Maldição do Vale Negro”, peça escrita por Caio Fernando Abreu (1948-96) e Luiz Arthur Nunes em 1986, pode ganhar uma versão musical no ano que vem.

O projeto e a adaptação são do diretor Jamil Dias. Ele diz que sempre viu no espetáculo –que resgata, de forma crítica, o gênero do melodrama– um musical.

“Eu montei [o texto] há alguns anos com alunos de uma escola de teatro e sempre enxergava música.”

O melodrama, segundo ele, tem uma ligação direta com teatro musical. “Foi o gênero que criou a trilha sonora de espetáculos, usava temas de cada personagem.”

A história tem todos os ingredientes do gênero, como o maniqueísmo e o escapismo. Segue uma jovem órfã sofredora que é criada pelo tio rancoroso. Quando este descobre uma paixão da garota, ele a expulsa de casa e joga sobre ela uma maldição.

O elenco ainda não está definido, mas a montagem deve ter músicas de Ricardo Severo, letras de Sílvio Ferreira Leite, coreografia de Katia Barros, cenários de Marcia Pires e figurinos de Fause Haten.

Na ponta

 

Artista plástico Jair Mendes, 79, criou pintura para ilustrar o cartaz do 35º Festival de Dança de Joinville, que acontece de 18 a 29 de julho (Imagem: Reprodução)

Alma judaica Depois de “A Alma Imoral”, Clarice Niskier volta à literatura do rabino Nilton Bonder. Ela dirige com André Acioli “A Cabala do Dinheiro”, com Letícia Tomazella e Marcos Reis no elenco. Estreia em 11/7 no teatro Eva Herz.

Quadros Sete anos após sua primeira montagem, “Frames”, peça de Franz Keppler, ganhará nova encenação com Daniel Rocha e Hugo Bonemer e direção de Camila Gama e Sandro Pamponet. Estreia em 6/8 no Morumbi Shopping.

Formação A escola de artes Célia Helena está abrindo seu primeiro mestrado profissional em artes cênicas. O curso terá entre os professores Elisabete Dorgam, Samir Yazbek e Sônia Machado de Azevedo.

Pequeno ato

 

PRIMOROSA: Pai nosso que estais no céu. Muitos são aqueles que falam a oração de seu filho em vão. Repetem seu nome, mas perseguem o seu semelhante. Quando ensinaste, ó pai, que sem amor não poderíamos chegar ao seu reino, não aprenderam que matar e perseguir são práticas de ódio. Como fazem a sua vontade ao dizer que são mais retos que outros? O pão de cada dia é somente para seu próprio sustento e oferecem o pão envenenado aos que amam de maneira distinta. Pedem perdão às ofensas e seguem ofendendo aos seus semelhantes. De suas palavras sagradas, ó pai, recortam o que lhes interessam para justificar a morte. Pai, eles se sentem ofendidos por uma vida que não lhes pertencem e sempre apontam atos alheios como pecaminosos. Pai nosso que estais no céu, santificam o seu nome em favor do acossamento e justificam o ódio que alimentam em seu nome pecando pela injúria e castração do livre arbítrio de seus irmãos. Pai nosso que estais no céu, eles criam falsos testemunhos, levantando o dedo para castrar os direitos dos outros. Ó pai, eles dizem todos os meus pecados e dizem serem os filhos mais amados. Pai nosso que estais no céu, perdoe-me pelos pecados que eles dizem que cometi. Quando peco por amar, quando peco por existir. Pai nosso, esse ódio é o que promove o meu medo e, assim, ó pai, sofro pelo ódio que é praticado em seu nome. Esse mesmo ódio que decreta ser todas as horas a hora da minha morte. Amém.

Trecho de “Madame Satã” escrito por Marcos Fábio de Faria; peça dirigida por João das Neves está na Caixa Cultural SP.
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Musical off-Broadway, ‘Menopausa’ ganhará montagem no Brasil https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/05/26/musical-off-broadway-menopausa-ganhara-montagem-no-brasil/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2017/05/26/musical-off-broadway-menopausa-ganhara-montagem-no-brasil/#respond Fri, 26 May 2017 05:00:34 +0000 https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/files/2017/05/menopausa-180x94.png http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=690 “Menopausa – O Musical”, peça off-Broadway de Jeanie Linders, deve ganhar sua primeira montagem brasileira neste ano. A comédia fala dos sintomas da menopausa, e a trilha faz paródias de canções americanas –a produção nacional deve incluir versões do cancioneiro brasileiro.

Segundo o produtor Cássio Reis, o espetáculo terá Fafy Siqueira no elenco, traduções de Rachel Ripani e direção de Jarbas Homem de Mello.

Reis, que também é produtor de “Os Monólogos da Vagina”, diz “namorar” o texto de Linders desde 2003.

Feminino

 

Wilson de Santos (esq.) é dirigido por Marcelo Medici (dir.) em ‘Brincando em Cima Daquilo’, de Dario Fo e Franca Rame; estreia em 3/6 no teatro Renaissance (FOTO Mário Fontes/Divulgação)

Detalhes Carla Candiotto foi convidada pela produtora Brain + para escrever e dirigir o musical “Alice no País do Iê Iê Iê”, inspirado na obra de Lewis Carroll e com músicas de Roberto Carlos. A peça terá direção musical de Daniel Rocha, cenário e figurino de Marco Lima e luz de Wagner Freire.

Mensagem Depois de “Havemos de Amanhecer”, inspirado em Carlos Drummond de Andrade, João Paulo Lorenzon se volta a outro nome da literatura: Fernando Pessoa. “Todos os Sonhos do Mundo”falará sobre como perdemos a leveza quando envelhecemos. Na peça, que deve estrear no segundo semestre, ele repete a parceria com o grupo Espaço Mágico.

Frágil Em “Knee Deep”, que integra o festival Circos, o grupo australiano Casus Circus pisa em ovos sobre o palco para falar de delicadeza e equilíbrio. A mostra, que acontece de 9 a 18/6 em unidades do Sesc, já está com ingressos à venda.

Malabarismo Para montar a tenda de “Amaluna”, que o Cirque du Soleil encena em São Paulo e Rio a partir de outubro, são necessárias 90 carretas para transportar 2.000 toneladas de equipamentos.

Veias O francês Brahim Bouchelaghem traz ao Brasil pela primeira vez sua companhia de hip-hop Zahrbat, que abre o festival Rio H2k, em 13/6, com o espetáculo “Sillons”.

Pequeno ato

 

Não fui eu quem inventei. A vida não tem nenhum sentido. A vida é uma porção de protoplasma com a única intenção de se reproduzir. Só a criação dá algum sentido a ela. Você percebe quando olha para trás, depois de um certo tempo, e vê que está tudo encaixado. Como se ela tivesse sido redigida por um roteirista. Pessoas com quem você cruzou, situações que se passaram – uma a uma, as peças se encaixam, formando o grande quebra-cabeça que é sua vida. Como uma rede. Indra. Uma rede que tem pedras em cada intersecção, significando os encontros e os rumos que podem ser tomados a cada cruzamento. As mudanças. As pessoas que mudaram sua trajetória, as pessoas que lhe ensinaram. Outras a quem você ensinou. As pessoas que você foi obrigado a deixar para trás. Outras que você foi obrigado a matar para poder seguir adiante. Por isso, durante sua vida, viva. A vida é curta e não volta mais. Ela está pulsando agora enquanto eu falo e enquanto você escuta; e a roleta do grande jogo repete somente – nunca mais, nunca mais, nunca mais…

Trecho de “A Vida”, de Nelson Baskerville e da companhia AntiKatártiKa Teatral, que estreia em 2/6 no Sesc Santo Amaro.
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