Dramáticas https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br Maria Luísa Barsanelli Wed, 14 Nov 2018 16:26:25 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Companhia Brasileira de Teatro prepara ‘Preto’, desdobramento de ‘Projeto Brasil’ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2016/09/09/companhia-brasileira-de-teatro-prepara-preto-desdobramento-de-projeto-brasil/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2016/09/09/companhia-brasileira-de-teatro-prepara-preto-desdobramento-de-projeto-brasil/#respond Fri, 09 Sep 2016 05:00:01 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=258 A pesquisa da Companhia Brasileira de Teatro para o seu último espetáculo irá render mais frutos. O grupo viajou, entre 2013 e 2014, pelas cinco regiões do país e estudou temas atuais da nossa sociedade. A investigação, que resultou no ano passado em “Projeto Brasil”, será agora desdobrada em “Preto”.

Não se trata exatamente de uma peça sobre o racismo, explica o diretor Marcio Abreu, mas se baseia nessa questão. Em especial na obra do abolicionista Joaquim Nabuco e no livro “A Crítica da Razão Negra”, ensaio do cientista político camaronês Achille Mbembe.

“Ainda não sabemos como será o trabalho”, conta Abreu, “mas ele parte de questões que ficaram pulsantes na pesquisa de ‘Projeto Brasil’ e que têm seus desdobramentos próprios”.

A companhia, que há dois meses fez residências artísticas de “Preto” em duas cidades alemãs (Dresden e Frankfurt), deve reunir atores brasileiros e estrangeiros em cena. A estreia está prevista para o segundo semestre de 2017. No ano seguinte, a peça irá à Europa –deve começar a turnê pela Alemanha e seguir por França e Portugal.

Wishful Sinful

 

Eriberto Leão como Jim Morrison em 'Jim'; com texto de Walter Daguerre e direção de Paulo de Moraes, a peça estreia no dia 28 de outubro no Teatro Vivo (Humberto Araújo/Divulgação)
Eriberto Leão como Jim Morrison em ‘Jim’; com texto de Walter Daguerre e direção de Paulo de Moraes, a peça estreia no dia 28 de outubro no Teatro Vivo (Humberto Araújo/Divulgação)

Acabou chorare A companhia franco-brasileira Dos à Deux estreia no dia 9/11, no CCBB do Rio, “Gritos”, formado por quatro poemas gestuais. A peça depois segue para os CCBBs de Brasília (8/2), SP (10/3) e Belo Horizonte (4/5).

Infinito circular Com o tema Dramaturgia e Relações de Poder, o 8º Ciclo do Núcleo de Dramaturgia Sesi-British Council celebra os 400 anos de morte de Shakespeare. Começa no dia 17/10 com o encenador britânico Tim Crouch e o brasileiro Pedro Brício.

A menina dança A partir de 3/11, Melissa Vettore reestreia duas peças no Masp: “Isadora” e “Camille & Rodin”.

Pequeno ato

Lúcio chegou de viagem e, como costuma fazer, me acordou com um beijo de língua. Foi nesse exato momento que percebi que eu havia perdido totalmente o meu paladar.

Estou em análise.

Não sei se uma coisa tem a ver com a outra.

Havia passado uma semana tranquila, sem me exceder, esperando que um dia, ao acordar, a minha audição voltasse ao seu lugar de origem. Refiz meus passos, revi a minha alimentação.

Mas continuei surda, agora com o acréscimo da falta de gosto em minha boca.

Rita Clemente na peça "Amanda", texto de Jô Bilac (Bianca Aun/Divulgação)
Rita Clemente na peça “Amanda”, texto de Jô Bilac (Bianca Aun/Divulgação)

Eu não quis alarmá-lo. Havia chegado há pouco de uma viagem muito cansativa por todo o mediterrâneo e merecia um descanso sem que o peso dos meus dias tombasse em sua cabecinha loura.

Tomamos o café da manhã juntos. Eu me saio muito bem fingindo ouvir o que ele diz. Porque talvez de fato eu o esteja ouvindo. Por outras vias. Mas estou. Ouço Lúcio sem som. Talvez seja difícil de entender o que acabei de dizer, mas é a mais pura verdade. O que tem em minha frente é um conjunto. Um conjunto de sorrisos e olhares. Lindo. Lúcio é lindo… Tem uma covinha, aqui. E a leitura que faço desse conjunto, me vem como um som. E o reconhecimento é tão imediato que sou capaz até de perceber se achou o café amargo ou fraco.

Mas não me oponho. Lúcio sugere em minha boca um mundo de sabores que fico imaginando e imaginar é tão ilimitado quanto a tudo o que eu possa supor… Por conta disso meu café da manhã foi redimensionado. Multiplicou-se como num caleidoscópio paladínico e a geleia que escorre entre meus dentes agora, ganha possibilidades

Trecho de “Amanda”, de Jô Bilac, sobre uma mulher (papel da atriz e diretora Rita Clemente) que perde os sentidos; estreia no dia 12 de setembro no Sesc Consolação.
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Festival francês de dança contemporânea chega ao Brasil no segundo semestre com 15 atrações https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2016/07/08/festival-frances-de-danca-contemporanea-chega-ao-brasil-no-segundo-semestre-com-15-atracoes/ https://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/2016/07/08/festival-frances-de-danca-contemporanea-chega-ao-brasil-no-segundo-semestre-com-15-atracoes/#respond Fri, 08 Jul 2016 05:00:33 +0000 //f.i.uol.com.br/hunting/folha/1/common/logo-folha-facebook-share.jpg http://dramaticas.blogfolha.uol.com.br/?p=110 O Brasil recebe, entre 18 agosto e 15 de novembro, a primeira edição latina do France Dance, vitrine da dança francesa contemporânea que já teve versões em outros países da Europa e nos EUA.

O evento é organizado pelo Institut Français e pela embaixada da França no Brasil. Passará por festivais (como o Porto Alegre em Cena), galerias e teatros de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Londrina.

 

A programação terá 15 atrações francesas. O coreógrafo Jérôme Bel apresentará seu “Gala”. Christian Rizzo encena o espetáculo “Sakinan”, Maguy Marin, “BiT”, Fabrice Lambert trará seu “Nervures” e a Compagnie Käfig encena a coreografia”Pixel”.

Completam a listra de artistas Fabrice Ramalingom, Samuel Lefeuvre, Raphaëlle Latini, David Wampach, Frank Micheletii, François Chaignaud, Cecilia Bengolea, Nadia Beugré, Latifa Laâbissi e Herman Diephuis.

Haverá ainda programas de residência. A diretora Lia Rodrigues, por exemplo, fará ao lado da Escola de Dança da Maré, do Rio de Janeiro, trabalhos com Fabrice Ramalingom e Emmanuelle Huynh.

Solos

 

SOLOS Luiz Henrique Nogueira, Juliana Galdino e Caco Ciocler estão em 'Fluxorama', série de monólogos escritos por Jô Bilac e dirigidos por Monique Gardenberg; estreia em 22/7 no Sesc Ipiranga (Caio Galluci/Divulgação)
Luiz Henrique Nogueira (esq.), Juliana Galdino e Caco Ciocler estão em ‘Fluxorama’, série de monólogos escritos por Jô Bilac e dirigidos por Monique Gardenberg; a peça estreia no dia 22 de julho no Sesc Ipiranga
(Caio Galluci/Divulgação)

Fantasmas Magali Biff, Paulo Goulart Filho e Giovani Tozi irão compor o elenco de “As Luzes do Ocaso”, texto inédito de Maurício Guilherme (de “Atreva-se”) que terá direção de Neyde Veneziano. O suspense acompanha o passado que assombra uma antiga vedete do teatro de revista (Biff), que hoje vive enclausurada num casarão. Estreia no dia 5 de agosto no CCBB paulistano.

Libertino Álamo Facó prepara um novo monólogo para o ano que vem. “Será a trajetória sexual de um cara da minha idade [35 anos], com experiências louquíssimas e com o advento de aplicativos”, conta.

Pequeno ato

 

Olha, um lance dificílimo mesmo pra nós que temos esse recurso da repetição, que dirá ali no calor do momento. Uma possibilidade que me ocorre é nesse momento, entre os nove e os dez segundos de duração de sorriso, ele ter sido assaltado por uma lembrança da juventude, uma viagem que ele e esse amigo que ele acaba de cumprimentar fizeram quando jovens, e a expressão dele migrou pra uma zona cinzenta entre o choro e o riso, ou pra um choro abortado pela convenção social de não demonstrar sentimentos muito derramados em público.

Trecho de “Os Arqueólogos”, texto de Vinicius Calderoni com direção de Rafael Gomes que estreia em 12/8 dentro da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo

 

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