Sesc e FIT Rio Preto podem retomar parceria
A Prefeitura de São José do Rio Preto, no interior paulista, está em conversas com o Sesc para retomar ainda neste ano a parceria da instituição no FIT (Festival Internacional de Teatro) da cidade.
O Sesc coproduziu e integrou a curadoria da mostra até 2013. Há três anos, a parceria foi desfeita por desacordos entre Sesc e prefeitura em relação à produção do evento. O festival enxugou e perdeu importância.
A retomada, agora sob nova gestão municipal, ainda não está fechada, mas Sesc e prefeitura se reunirão na quinta (2/3).
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A de amor
Jorge Takla irá dirigir a Cisne Negro Cia. de Dança no espetáculo que celebra a diretora artística e fundadora da trupe, Hulda Bittencourt, 82, e os 40 anos do grupo. Estreia em 21/4 no Teatro Santander.
“H.U.L.D.A” tem coreografias de Dany Bittencourt e Rui Moreira, trilha sonora de André Mehmari e figurino de Fabio Namatame. Também contará com a participação de Ana Botafogo, primeira-bailarina do Municipal do Rio.
A montagem é dividida em blocos, cada um representado por uma letra do nome de Hulda: “h” de horizonte, “u” de união, “l” de liberdade, “d” de dança e “a” de amor.
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Alvo Após sessões na MITsp, “Branco – O Cheiro do Lírio e do Formol” estreia no CCSP em 7/4. A peça de Alexandre Dal Farra, com direção dele e de Janaina Leite, fala sobre o branco na sociedade racista.
Aqui “Tom na Fazenda”, do canadense Michel Marc Bouchard, terá sua 1ª montagem brasileira. Dirigido por Rodrigo Portella, o elenco reúne Armando Babaioff, Kelzy Ecard, Camila Nhary e Gustavo Vaz. Estreia em 23/3 no Oi Futuro (Rio).
Agenda “Ubu Rei”, com Marco Nanini, Rosi Campos e a Cia. Atores de Laura, que estreia em 9/3 no Rio, fechou temporada paulistana: a partir de 18/5 no Sesc Pinheiros.
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Pequeno ato
De novo as férias escolares chegaram, e dessa vez iriam durar quase dois meses, e ela se portou com uma decência consciente e controlada que quase a enlouqueceu. Se trancava no banheiro, e sentava na borda da banheira, respirando fundo, tentando se deixar levar por algum tipo de calma. Ou ia para o quarto de hóspede, onde ninguém esperaria encontrá-la. Ouvia as crianças chamando “Mamãe, mamãe”, e ficava calada, se sentindo culpada. Ou ia até o jardim, sozinha, e olhava o rio lento e escuro; olhava o rio e fechava os olhos e respirava lenta e profundamente, absorvendo o rio em seu ser, em suas veias. Depois voltava para a família, esposa e mãe, sorrindo e responsável, sentindo como se a pressão daquelas criaturas —três crianças esfuziantes e seu marido— fosse uma pressão dolorosa na superfície da sua pele, uma mão pressionando seu cérebro.