‘A Noite do Meu Bem’, de Ruy Castro, vai virar musical e deve ter sessões em boates cariocas
“A Noite do Meu Bem: A História e as Histórias do Samba-Canção” (Companhia das Letras) será adaptado ao teatro em 2017. A biografia do gênero musical foi lançada há um ano pelo escritor Ruy Castro, colunista da Folha.
Como o livro, a peça –que deve seguir um formato de revista musical– retrata a vida noturna no período das boates de Copacabana, dos anos 1940 aos 1960, onde o samba-canção encontrou seu lugar: um ambiente intimista e romântico, para dançar junto.
“Por isso, queremos realizá-la não em um teatro, mas numa boate ou night club, preferencialmente num hotel de Copacabana, como eram os shows no período retratado”, explica Amanda Menezes, da Tema Eventos Culturais, que produz a montagem. Depois, deve passar por um hotel de São Paulo.
“A Noite do Meu Bem” ainda não tem definidos diretor e elenco, mas a dramaturgia terá a assinatura da dupla Heloisa Seixas e Julia Romeu.
Heloisa, mulher de Ruy, também fez o roteiro do programa homônimo em seis episódios que o autor estreou em setembro passado na Rádio MEC. A emissão alternava comentários de Ruy e reprodução de músicas (é possível ouvi-la em mecfm.ebc.com.br).
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A boemia
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Pequenos notáveis Os textos vencedores da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos serão encenados a partir de 9 de junho de 2017 no Centro Cultural São Paulo. “A Mulher que Digita”, de Carla Kinzo, abre a programação.
Pequenos notáveis 2 Depois é a vez de “ANTIdeus” (7 de julho), de Carlos Canhameiro, e “Boi Ronceiro” (4 de agosto), de Ricardo Inhan.
Em família Esther Góes volta a trabalhar ao lado do filho, o ator Ariel Borghi, no workshop “O Teatro de Heiner Müller”, com palestras e leituras dramáticas, que acontece nos dias 7 e 8 de dezembro no Goethe-Institut São Paulo.
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Pequeno ato
Mesmo que eu precise da flexibilidade para ser ator, para ser os outros, quero voltar à dureza da pedra, entregar meus músculos e meus líquidos ao chão, não numa mudez parecida com a morte, mas num silêncio de plenitude sob o Sol, se espichando na largueza de uma rocha morna, sem disfarces ou alarde
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O ator se desmancha por amor à humanidade? O ator se despe por amor? E quando o ator se emudece diante de uma plateia vazia? E quando o ator se rasga e não acha nada dentro de si? E quando o ator não sabe mais se é ator?
Trecho da peça “Projeto Rastejar”, de Wagner Menddes Vasconcelos, que o Grupo Golpeia de Teatro estreia em 7/1 no Viga Espaço Cênico.