Nas manifestações, peças de rua eram confundidas com protestos, diz pesquisador

Maria Luísa Barsanelli

Em sua pesquisa com Jussara Trindade para o livro “Teatro(s) de Rua do Brasil: A Luta Pelo Espaço Público”, lançado recentemente pelo Rumos Itaú Cultural, Licko Turle —fundador do Centro de Teatro do Oprimido ao lado de Augusto Boal— diz ter percebido que, durante as recentes manifestações, alguns espetáculos de rua eram confundidos com protestos. “Às vezes, a polícia chegava [aos artistas] de uma forma truculenta”, conta.

Ele e Jussara pesquisaram grupos de rua de 2015 para cá em quase todos os Estados brasileiros (com a exceção de Tocantins). Perceberam a falta de fomento para essas companhias e a pouca participação delas em festivais. Por outro lado, viram um crescimento muito grande do número de trupes. Licko calcula que, em 2007, havia cerca de 40 no país. Hoje seriam mais de mil.

A rua, porém, está mais disputada. Seja por festas, shows ou outros eventos. “O espaço público hoje é a bola da vez”, comenta.

Leia aqui a íntegra da coluna desta sexta (28).