‘Perdi as contas de quantos baseadinhos são jogados em mim’, diz atriz de ‘Tapa na Pantera’
Maria Alice Vergueiro, 81, tem excursionado pelo país, dentro do festival Palco Giratório, com a montagem “Why the Horse”, em que encena a própria morte. Durante a turnê, a atriz e diretora coletou algumas histórias:
“Achei bem excitante uma vez que uma mão firme, provavelmente de um homem, me introduziu R$ 20 dentro do sutiã. Ui! Guardo essa nota na carteira dobradinha como um grão de romã”, conta à coluna, por e-mail.
“É muito gratificante ficar ao final do espetáculo ‘de olhos bem fechados’, deitada sobre uma cadeira mortuária coberta com um véu e flores, ouvindo preces, cantos, soluços e palavras ao pé do ouvido, como por exemplo: ‘Adorei estar em seu velório, quem te beija sou eu, Jean Claude Bernadet”, ou receber um beijo na boca por cima do véu de alguém que diz: ‘Fui sua aluna e graças a você eu tive mais inspiração para fazer minha operação transexual, sou um garoto agora, querida Maria’.”
“Nem preciso escrever, já escrevendo, a quantidade de baseadinhos que são jogados em cima do meu corpo”, conta a atriz, que fez uma senhora que fuma maconha no curta “Tapa na Pantera” (2006). “O que isso quer dizer? Não sei, mas foi comigo. Ahahaha.”