Alexandre Borges irá dirigir Tonico Pereira em montagem de ‘Palhaços’, de Timochenco Wehbi
Alexandre Borges prepara para o ano que vem uma montagem de “Palhaços”, comédia de 1971 de Timochenco Wehbi.
Borges irá dirigir Tonico Pereira e Fioravante Almeida no texto, sobre um palhaço que, após uma apresentação, recebe um fã em seu camarim.
O projeto ainda prevê uma homenagem a Tonico, que completa 50 anos de carreira em 2017 –uma instalação com fotos e cartazes dos trabalhos do ator deve ocupar o hall do teatro. A ideia é começar os ensaios em janeiro, diz Fioravante, que foi dirigido por Borges em “Muro de Arrimo” (2015).
★
Bossa
★
Diário da pantera
Em recente turnê pelo Brasil com a montagem “Why the Horse”, em que encena a própria morte, a atriz e diretora Maria Alice Vergueiro, 81, coletou algumas histórias:
“Achei bem excitante uma vez que uma mão firme, provavelmente de um homem, me introduziu R$ 20 dentro do sutiã. Ui! Guardo essa nota na carteira dobradinha como um grão de romã”.
E perdeu as contas da “quantidade de baseadinhos que são jogados em cima do meu corpo”, conta, por e-mail, a atriz, que fez uma senhora que fuma maconha no curta “Tapa na Pantera” (2006). “O que isso quer dizer? Não sei, mas foi comigo. Ahahaha.”
★
Música Depois de uma temporada no Rio, a atriz Nathalia Timberg estreia o espetáculo “33 Variações” no dia 9 de setembro, no Teatro Nair Bello. Dirigida por Wolf Maya, a peça de Moisés Kaufman é inspirada na composição “33 Variações em Sol Maior, Opus 120”, de Beethoven.
E letra Com os atores Julia Lemmertz e Caio Blat no elenco, “A Comédia Latino-Americana” estreia no dia 12 de setembro, no Sesc Belenzinho. Antes disso, passa pelo Festival Mirada, em Santos. A peça dirigida por Felipe Hirsch é a segunda parte de um projeto que investiga as contradições da América Latina a partir da literatura da região.
★
Pequeno ato
Um layout?, ela disse
Sim.
O que é um layout?
São quatro ou cinco fotografias de você fazendo alguma coisa.
Muito bem. E o que você quer que eu faça?
Bem, aí está a sua mala de viagem, digamos que você está desfazendo a mala.
Oh não, é a Senhorita Toklas quem sempre faz isso, oh não, eu não poderia fazer isso.
Bem, aí está o telefone, digamos que você fale ao telefone.
Bem, mas eu nunca faço isso. É a Senhorita Toklas quem o faz. Eu não poderia falar ao telefone.
Bem, e o que você pode fazer, então?
Bem, eu posso colocar o chapéu e tirar o chapéu e vestir o casaco e tirar o casaco e gosto de água posso beber um copo de água. Bem, eu posso sim colocar e tirar o chapéu e vestir e tirar o casaco e gosto de água posso sim beber um copo de água. Veja, eu posso colocar o chapéu e o casaco e tirar o chapéu e o casaco gosto de água, sim, gosto de água.
Oh não isso eu não poderia fazer, quem sempre faz isso para mim é Senhorita Toklas.
Oh não isso eu não poderia fazer porque Gertrude Stein já escreveu a minha autobiografia, desculpe, quanto a isso eu não posso fazer nada. O que eu poderia fazer isso sim é escrever um livro de receitas. O que você acha? ”
Trecho de “Alice, Retrato de Mulher que Cozinha ao Fundo”, texto de Marina Corazza que a atriz Nicole Cordery estreia no dia 8 de agosto no Sesc Consolação