Festival francês de dança contemporânea chega ao Brasil no segundo semestre com 15 atrações
O Brasil recebe, entre 18 agosto e 15 de novembro, a primeira edição latina do France Dance, vitrine da dança francesa contemporânea que já teve versões em outros países da Europa e nos EUA.
O evento é organizado pelo Institut Français e pela embaixada da França no Brasil. Passará por festivais (como o Porto Alegre em Cena), galerias e teatros de São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Recife, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Londrina.
A programação terá 15 atrações francesas. O coreógrafo Jérôme Bel apresentará seu “Gala”. Christian Rizzo encena o espetáculo “Sakinan”, Maguy Marin, “BiT”, Fabrice Lambert trará seu “Nervures” e a Compagnie Käfig encena a coreografia”Pixel”.
Completam a listra de artistas Fabrice Ramalingom, Samuel Lefeuvre, Raphaëlle Latini, David Wampach, Frank Micheletii, François Chaignaud, Cecilia Bengolea, Nadia Beugré, Latifa Laâbissi e Herman Diephuis.
Haverá ainda programas de residência. A diretora Lia Rodrigues, por exemplo, fará ao lado da Escola de Dança da Maré, do Rio de Janeiro, trabalhos com Fabrice Ramalingom e Emmanuelle Huynh.
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Solos
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Fantasmas Magali Biff, Paulo Goulart Filho e Giovani Tozi irão compor o elenco de “As Luzes do Ocaso”, texto inédito de Maurício Guilherme (de “Atreva-se”) que terá direção de Neyde Veneziano. O suspense acompanha o passado que assombra uma antiga vedete do teatro de revista (Biff), que hoje vive enclausurada num casarão. Estreia no dia 5 de agosto no CCBB paulistano.
Libertino Álamo Facó prepara um novo monólogo para o ano que vem. “Será a trajetória sexual de um cara da minha idade [35 anos], com experiências louquíssimas e com o advento de aplicativos”, conta.
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Pequeno ato
Olha, um lance dificílimo mesmo pra nós que temos esse recurso da repetição, que dirá ali no calor do momento. Uma possibilidade que me ocorre é nesse momento, entre os nove e os dez segundos de duração de sorriso, ele ter sido assaltado por uma lembrança da juventude, uma viagem que ele e esse amigo que ele acaba de cumprimentar fizeram quando jovens, e a expressão dele migrou pra uma zona cinzenta entre o choro e o riso, ou pra um choro abortado pela convenção social de não demonstrar sentimentos muito derramados em público.
Trecho de “Os Arqueólogos”, texto de Vinicius Calderoni com direção de Rafael Gomes que estreia em 12/8 dentro da Mostra de Dramaturgia em Pequenos Formatos Cênicos do Centro Cultural São Paulo